15 de dezembro de 2009

Quina Cultural no Jornal A Tarde (15/12/2009)

Coletivo Quina Cultural reúne produtores que buscam estimular circuito independente do rock
Com festa na Boomerangue, nasce núcleo de produção que se propõe ampliar espaço e dar visibilidade ao segmento


BRENO FERNANDES


A cena de música independente da Bahia acaba de ganhar fôlego com o surgimento do Coletivo Quina Cultural. Não, não se trata de uma nova banda ou casa de espetáculos, mas de um grupo de produtores culturais que decidiram se unir e formar parcerias junto a outros grupos independentes de fora do Estado.

Hoje, às 19 horas, Cássia Cardoso, Rogério Brito e Theo Filho se apresentam oficialmente ao público enquanto Coletivo Quina Cultural. A festa vai ser na Boomerangue, casa da qual Theo é sócio, e contará com quatro shows: a banda baiana Os Irmãos da Bailarina; a mato-grossense Macaco Bong; a mineira Porcas Borboletas; e a paraibana Burro Morto.

O currículo do trio é extenso.

Cássia tem 25 anos de experiência na área de produção; entre seus trabalhos recentes, está o Hoje É Dia de Esquina! Para Humanizar a Cidade, evento que levou10 bandas para tocar de graça nas ruas da Avenida Manoel Dias. Com quase o mesmo tempo de trabalho na cena musical, Rogério Brito, ou Big, como é chamado pelos amigos, é dono do selo Bigbross Records e um dos fundadores da Associação Brasileira de Festivais Independentes (Abrafin).

Já Theo Filho, além de cuidar dos eventos da Boomerangue, também é membro da Associação Brasileira de Casas de Shows Independentes.

Em comum, os três poduziram neste ano os festivais Vanguarda e BigBands, ambos em sua segunda edição. Sobre a ideia de se juntarem, eles contam que não houve um fato específico.

“Nós naturalmente já fazíamos coisas juntos, mas sempre com a postura de um dar força para o projeto do outro”, diz Cássia Cardoso.

“Agora nós continuamos com os mesmos projetos, mas não existe mais projeto meu ou deles, são todos do Coletivo Quina Cultural”, explica ela. “Vimos que, juntos, era bem mais fácil e forte”, complementa Rogério Brito. A curto prazo, os objetivos do Quina Cultural são: dar continuidade ao Vanguarda e ao BigBands; trazer o festival itinerante Grito do Rock para Salvador no ano que vem; e fortalecer a agenda do interior do Estado.

Fora do Eixo

OFora do Eixo é uma rede de coletivos de produtores espalhados pelo Brasil. Contam com 43 filiados em 20 estados brasileiros.

Só no Nordeste são oito, e o Quina Cultural é o único representante baiano. O esquema funciona assim: eles agora são um ponto de apoio para as bandas independentes, ligadas ao Fora do Eixo, que desejam fazer uma turnê pela Bahia. “Quando as bandas chegam nos locais já tá tudo planejado. Isso é muito legal para a formação de plateia e divulgação. Afinal qual a banda que não quer uma facilidade para circular?”, explica Cássia.

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